La Turchia, l’Europa e il PKK

Articolo in portoghese pubblicato dal sito brasiliano Exame.com sulla conferenza stampa cui ha oggi partecipato Barbara Spinelli con alcuni esponenti del PKK. Di seguito, l’appello co-firmato dall’on. Spinelli.

Eurodeputados pedem a UE que elimine PKK da lista de grupos terroristas

23-02-2016

Um grupo de eurodeputados enviou nesta terça-feira uma carta ao Conselho da União Europeia pedindo a retirada do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) da lista de organizações terroristas, com o objetivo de promover as negociações do processo de paz na região do Curdistão.

Os europarlamentares, de diferentes grupos políticos, dizem na carta, à qual a Agência Efe teve acesso, que o atual status do PKK “se interpõe no caminho do estabelecimento da paz, do diálogo e das negociações, facilita o descumprimento de direitos humanos e restringe as liberdades de pensamento e de imprensa”.

A eurodeputada italiana Bárbara Spinelli, signatária da carta, explicou à imprensa que o PKK “deveria fazer parte das negociações de paz” do conflito curdo, para o que é necessário que a UE elimine seu status atual de grupo terrorista.

De fato, na carta os europarlamentares expõem que, assim como aconteceu na Irlanda do Norte, só será possível alcançar uma solução pacífica ao conflito curdo “se forem incluídos todos os partidos envolvidos”.

“Os curdos são uma parte importante das lutas políticas no Oriente Médio, como demonstrou a resistência em Kobani, e uma solução pacífica ao conflito do Curdistão não é possível sem negociações com o PKK”, diz a carta, que ressalta que o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, já aceitou falar com este grupo.

A eurodeputada Spinelli opinou que há um silêncio na UE com relação ao status do PKK e que isto se deve a Bruxelas “ter aceitado permanecer calada sobreo conflito curdo em troca de a Turquia manter os refugiados sírios” em seu território.

Este pedido se produz dias depois de, na sexta-feira, a facção curdo Falcões da Liberdade do Curdistão (TAK), considerada uma cisão do PKK, reivindicar o ataque com bomba contra um comboio militar em Ancara que deixou 29 mortos.

Nesse contexto, o eurodeputado cipriota Costas Mavrides (S&D), que também assinou a carta, apostou em “esperar os resultados da investigação”, mas levando em conta, acrescentou, a confiança limitada que se deve dar à administração turca, que usa “ações provocadoras para promover suas políticas”.

Os europarlamentares acreditam que é um “bom momento” e uma “oportunidade única” para pedir a eliminação do PKK da lista de organizações terroristas, por considerarem que “não se pode esperar mais” para a resolução deste conflito, e que atualmente a questão curda “goza de atenção midiática”.

Além disso, explicaram que a coleta de assinaturas começou o ano passado e que a carta foi redigida antes do atentado de Ancara, sobre o qual reiteraram sua condenação.

Também apelaram para “romper o silêncio midiático” e a desinformação sobre o conflito curdo e alegaram que os cidadãos “devem saber que é realmente acontece” no Curdistão.

Spinelli e Mavrides, no entanto, se recusaram a sugerir um novo status para o PKK se ele for eliminado da lista de organizações terroristas.

A carta está assinada por mais de uma centena de eurodeputados, por iniciativa das europarlamentares Marie-Christine Vergiat (de Esquerda Unitária) e Ana Gomes (dos social-democratas europeus S&D).

Appello e lista dei firmatari (file .pdf)

Turchia, un massacro deliberato e pianificato

Strasburgo, 20 gennaio 2016. Intervento di Barbara Spinelli in plenaria.

TITOLO: Situazione nella Turchia sudorientale

Commissario presente in rappresentanza del vicepresidente Federica Mogherini: Johannes Hahn, Commissario per l’allargamento e la politica di vicinato

Ho co-firmato l’appello dei 1820 accademici turchi, e confermo che una solidarietà mondiale s’è creata con il popolo curdo, colpito da un massacro deliberato e pianificato. In decine di città della Turchia sud-orientale il coprifuoco è permanente da mesi. Mancano cibo, medicine, ambulanze. Sono assalite anche città senza alcuna barricata. A centinaia di uccisi si nega la sepoltura. I firmatari dell’appello sono considerati complici del terrorismo e subiscono vessazioni. Sono violate la Costituzione turca e le leggi internazionali.

La lotta al terrorismo è puro pretesto. Lo scopo è spezzare un popolo che aspira solo a essere riconosciuto come parte del proprio paese. Migliaia di turchi sperano in una mediazione dell’Alto Rappresentante e dell’Onu: per ottenere che si riapra il negoziato tra governo e ribelli curdi che Erdogan ha interrotto. Perché cessi l’eccidio subito.

Rispondendo proprio oggi a una mia interrogazione scritta, la Signora Mogherini dice che Erdogan è nostro alleato sui migranti e contro l’Isis, L’argomentazione non tiene neanche un minuto.


Si veda anche:

1128 accademici turchi contro i crimini di Erdogan in Kurdistan

Interrogazione scritta: violazioni dei diritti umani ai danni del popolo curdo da parte delle forze turche

 

Contro gli accordi di rimpatrio in Turchia

(Discorso previsto ma non pronunciato per chiusura del dibattuto)

Strasburgo, 27 ottobre 2015

KEY DEBATE: Conclusions of the European Council meeting of 15 October 2015, in particular the financing of international funds, and of the Leaders’ meeting on the Western Balkans route of 25 October 2015, and preparation of the Valletta summit of 11 and 12 November 2015.

Presenti per la Commissione: Jean-Claude Juncker, Frans Timmermans, Federica Mogherini, Dimitris Avramopoulos.

Presente per il Consiglio Europeo: Donald Tusk

Temo gli accordi con la Turchia, perché rischiano di esser conclusi con il solo obiettivo di allontanare dai nostri confini il dramma dei rifugiati. Temo che venga avallato, con il nostro consenso, un regime che sta reprimendo la minoranza curda. Che rinchiuderà i rifugiati in campi per anni, magari mandando a scuola i bambini come ci garantisce Jean Claude Juncker, ottenendo il nostro silenzio sui diritti fondamentali violati in Turchia. Temo infine sia avallata – nella guerra in Siria – una linea turca intesa a colpire i curdi più che l’Isis. Il Presidente del Consiglio Europeo Tusk è stato esplicito: “La Turchia ci sta chiedendo di sostenere la formazione di una safe zone nel Nord della Siria, opzione che Mosca rifiuta”. Dovremmo rifiutarla anche noi: la safe zone serve solo a controllare e intrappolare i curdi in Siria.

Caro Presidente Juncker, Lei minaccia: “No registration, no right”. Sono formule del tutto inappropriate, oltre che pericolose. Ci sono diritti (a non subire violenze nelle registrazioni e nel rilevamento delle impronte digitali, al non refoulement) che sono incondizionati.